Em entrevista à TV Câmara endocrinologista de Assis fala sobre mitos e verdades da diabetes
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Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde mostra que cerca de 20 milhões de brasileiros foram diagnosticados com diabetes. Porém, muitas pessoas desconhecem sobre as formas de prevenção e tratamento.
A endocrinologista Érica Navarro Scaliante explica que existem vários tipos de diabetes, entretanto os mais comuns são Diabetes Tipo 1 e Tipo 2.
Segundo a especialista, a diabetes Tipo 1 pode ocorrer em qualquer idade, contudo é mais frequente na infância e adolescência. Durante a entrevista, a médica esclarece algumas dúvidas em relação à doença.
A pessoa diagnosticada com diabetes consegue ter uma vida normal?
É uma doença séria e crônica, ou seja, a pessoa pode sim ter qualidade de vida sendo diagnosticada com a diabetes Tipo 1 ou 2, desde que a pessoa faça o controle glicêmico adequado, com alimentação adequada, atividade física e o uso das medicações.
Por que a diabetes é conhecida como uma doença silenciosa?
O quadro de diabetes 2 se instala de uma forma mais insidiosa, primeiro a insulina não consegue agir colocando o açúcar dentro das células e com o passar do tempo o pâncreas tem que se esforçar mais e esse processo até ele entrar em falência demora muitos anos, inicialmente nos primeiros dez anos a diabetes pode ser assintomática e quando o indivíduo descobre, a doença já pode estar apresentando complicações.
Uma pessoa diagnosticada com diabetes pode comer doce?
O ideal é sempre a moderação, quando proibimos o paciente de alguma coisa, torna-se muito mais difícil desse paciente seguir ao tratamento. O diabético pode comer o seu doce com consciência e com moderação, de forma controlada e quantidade reduzida.
Existe a possibilidade de o estresse evoluir para diabetes?
Na verdade, trata-se de um combo que costuma caminhar juntos. O estresse leva a uma alimentação inadequada.
Por que os diabéticos são mais vulneráveis à amputação dos membros inferiores?
A diabetes é uma doença sistêmica, então, quando o açúcar no sangue está alto, vários órgãos do corpo são afetados, como, por exemplo, o rim, que possui vasinhos muito pequenos e o excesso de açúcar pode gerar uma lesão. A doença também afeta vasinhos que ficam em volta dos nervos dos pés e isso pode gerar, por exemplo, a neuropatia diabética que pode fazer com que uma pessoa machuque o pé e não sinta nada e, além disso, afeta os grandes vasos, como o do coração, do cérebro, da perna, podendo inclusive pressupor a AVC, infarto, trombose com amputação de membros, entre outras complicações.
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