Para Alexandre Cachorrão "Queima do Alho" resgata a tradição

por paula — última modificação 27/01/2021 00h13
O vereador explica sobre a origem do evento que faz parte da programação da FICAR 2017

O nome Queima do Alho era dada ao almoço das comitivas de peões de boiadeiro durante suas longas viagens, que poderia durar até meses. As comitivas saíam das fazendas de vários cantos do Brasil para levar a boiada até os grandes frigoríficos. Um grupo de cozinheiros seguia na frente das comitivas para preparar o almoço e quando os boiadeiros chegavam já estava pronto, tocava-se o berrante e falavam “esta na hora de queimar o alho”. Como não havia refrigeração, o almoço era composto por paçoca de carne (farofa) arroz carregado no alho, feijão gordo e carne frita ou assada. Durante o almoço, alguns violeiros batiam a viola tocando música raiz.

A cidade de Barretos, que realiza a maior festa cultural do Brasil, foi o primeiro município a resgatar esta tradição culinária incluindo-a no seu calendário da Festa de Barretos, com o objetivo de promover a cultura tropeira.

Em Assis, a Queima do Alho faz parte do calendário oficial da FICAR 2017 e tem o objetivo de fomentar e resgatar a nossa tradição cultural caipira. “Temos várias comitivas de tropeiros, e isso se explica, pelo motivo de que antigamente nosso município era ponto de parada destas comitivas, o que deixou um legado cultural muito grande em nossa cidade como a música sertaneja raiz, o amor pelo cavalo, danças, catira e a culinária caipira”, explica Alexandre Cachorrão.

A Queima do Alho será um delicioso almoço caipira, com festival de viola e acontecerá no dia 02 de julho, às 11h, no Pavilhão Rezende Barbosa, recinto da Ficar. Os convites custam R$ 20,00, são limitados e podem ser adquiridos com os representantes das comitivas. A realização é da Associação Assisense de Rodeio (AAR) e Prefeitura de Assis, com o apoio das comitivas de tropeiros de Assis e região, Associação da Cultura Tropeira (ACT) e da FAC – Fundação Assisense de Cultura.