Sargento Valmir sugere tecnologia inovadora no combate à dengue

por Giovani Franco última modificação 27/01/2021 00h13

O Vereador Sargento Valmir Dionizio (PSD) apresentará requerimento na próxima Sessão legislativa, questionando se o Poder Executivo, pela Secretaria Municipal de Saúde, tem conhecimento de uma tecnologia inovadora no combate ao mosquito transmissor da dengue, o OX513A - mosquito transgênico - também chamado de “mosquito do bem”, que é idêntico ao Aedes aegypti, mas não deixa descendência.

Em Assis, embora o bom trabalho realizado pela Equipe de Controle de Endemias, o número de pacientes infectados segundo últimos levantamentos passava de 757 casos positivos, 722 negativos e 1.023 aguardando resultados. Gerando grande procura por consulta médica nas Unidades Básicas de Saúde, e também na Unidade de Pronto Atendimento UPA.

A forma de transmissão da dengue, chikungunya e zika, doenças sérias que podem levar a óbito, é um grande problema no Brasil há alguns anos. E é pela picada do mosquito Aedes aegypti que elas são transmitidas. Os surtos de dengue e mais recentemente os problemas relacionados à zika provocaram um movimento intenso no controle desse mosquito-vetor. Várias são as formas de combate, como mutirões de limpeza, campanhas educativas e visitas de agentes de saúde, além do uso de produtos químicos e biológicos. Os números mostram que, mesmo com todos os esforços de combate e campanhas de educação, o mosquito está ganhando a guerra.

Sabe-se que entrou em cena mais recentemente o OX513A - mosquito transgênico, também chamado de “mosquito do bem” - que é idêntico ao Aedes aegypti, mas não deixa descendência. Ele já foi utilizado em testes na Malásia, no Caribe e em algumas cidades brasileiras. Somente machos do Aedes do Bem são liberados em vias públicas (os machos não picam as pessoas) e cruzam com as fêmeas selvagens já presentes no ambiente. Os descendentes herdam os genes inseridos e morrem antes de chegar à fase adulta, diminuindo, portanto, a população de A. aegypti adultos e por consequência, minimiza a incidência da doença em humanos.

Em nosso Estado temos como exemplo a cidade de Piracicaba, onde a implantação em um dos bairros no município fez com que reduzissem em 91% os casos de dengue no período de 2015 e 2016 quando comparado com o mesmo período entre 2014 e 2015, caindo de 133 casos para apenas 12 na época.

A nova linhagem, com projeto piloto em Indaiatuba, tem as mesmas características da primeira, mas com a diferença de que, depois que o macho cruza somente as descendentes fêmeas morre. Os novos machos herdam os genes do mosquito modificado e, após cada cruzamento, seguem as mortes somente das fêmeas, diminuindo a população. Os mosquitos machos não picam e nem transmitem doenças. Somente as fêmeas picam os humanos, pois precisam do sangue para produzir os ovos. Com isso, os riscos de transmissão da dengue, chikungunya e zika diminuem.

Fonte: Câmara Municipal de Assis - Vereador Valmir Dionizio