Valmir Dionízio participa de Palestra sobre o "Impacto da legalização das drogas" em São Paulo
O vereador Valmir Dionizio - PSC - Vice presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal e voluntario da Associação assisense Amor-exigente, esteve em São Paulo participando de um dos maiores eventos do ano relacionado à política sobre drogas. O “Impacto da Legalização das Drogas”, organizado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), que trouxe ao Brasil o norte-americano Kevin Sabet, que discorreu sobre o futuro da política de legalização de drogas e suas conseqüências.
Kevin Sabet é considerado um dos maiores
especialistas na atualidade em políticas de
drogas. É Ph.D. e Mestre em Política Social pela
Universidade de Oxford e graduado em Ciência Política pela Universidade da Califórnia. Em seus trabalhos, costuma pontuar que “a legalização é uma solução simplista para um problema complicado”, analisando, por exemplo, o impacto social de drogas legais.
Logo após a palestra, um debate com especialistas e convidados foi realizado, abordando temas como o uso de maconha medicinal, a necessidade de uma política de drogas dinâmica, tratamentos contra dependência química e a relação entre justiça e saúde pública. Participaram do debate: Ex Ministro e Ex Governador José Serra, senador Eduardo Suplicy, Deputado Edson Ferrarini Dr. Clóvis Benevides, Dra. Ana Cecília Marques, Dra. Eloisa Arruda, Dr. Mauro Aranha, Profa. Ligia Pereyra, Dr. Claudio Lottenberg, e os jornalistas Gilberto Dimenstein e Augusto Nunes, entre outros.
Por assumir um compromisso não partidário contra as drogas, Kevin é o único integrante do Escritório de Política Nacional de Controle às Drogas a trabalhar em 3 administrações distintas, nos governos Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama, no qual atuou como Conselheiro Sênior da Casa Branca entre 2009 e 2011. Dr. Sabet é também co-fundador do Projeto SAM – Smart Approaches to Marijuana.
Sua opinião sobre o tema é que Legalizar o uso da maconha cria mais uma "indústria do vício" e, ainda, não ajuda a acabar com o tráfico. Para ele, a politização do "tema da moda" mascara o impacto da droga na saúde pública, cujo consumo cresce entre adolescentes. Em termos de efeitos, também temos de pensar, seja em relação à maconha e outras drogas como cigarro e até mesmo álcool, no futuro da nossa força de trabalho.
Que tipo de trabalhadores e estudantes queremos? É claro que não queremos promover o uso de cigarros para nossos estudantes, mas se você vai para a escola e é fumante, a sua cognição não é diminuída, você ainda consegue aprender. Você não vai ter câncer de pulmão amanhã. Mas no caso da maconha é diferente. Ela prejudica a pessoa em termos de aprendizado, memorização, atenção, motivação. Já vivemos um desastre em relação à indústria do tabaco e do álcool, e acho que não queremos elevar a maconha a esse nível.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Assis