O Vereador Sargento Valmir Dionizio (PSC) encaminhou documento ao Governo do Estado solicitando a revogação da medida de diminuição dos leitos da UTI neonatal/pediátrica, bem como a sua não transformação em UTI mista, e ainda a renovação do contrato com a FAMAR/FAMEMA ou outra Organização Social, que possa empregar a mão de obra especializada que hoje trabalha na UTI neo/ pediátrica do Hospital Regional.

Na ótica do vereador Valmir, “foi registrado neste documento, a triste notícia que nos chegou, dizendo que diante de supostas dificuldades financeiras do Estado/ Saúde, o Governo pense em REDUZIR LEITOS, ao invés de aumentar o nosso número de vagas, uma vez que inclusive nosso município ultrapassou a barreira dos 100 mil habitantes, deparamos com noticia do Secretario Estadual da Saúde, David Uip com essa ORDEM de conter gastos, proferida por Vossa Excelência”, alerta.

Relata o edil que de acordo com Decreto Estadual, estaria havendo uma política de redução de gastos por parte do Governo do Estado de São Paulo e que, em razão do contrato atual entre o HRA e a FAMAR/FAMEMA (Faculdade de Medicina de Marília) estar terminando no próximo dia 29 de maio, esta prevista a não renovação do convênio em que os servidores da saúde que prestam serviço na UTI Pediátrica são vinculados à FAMEMA.

Oficialmente a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo negou o fechamento da UTI Pediátrica do HRA, mas em virtude da “baixa taxa de ocupação” dos leitos, estuda a possibilidade de incorporação do serviço pelo Estado para o devido atendimento, sem nenhum prejuízo à assistência neonatal e infantil. Hoje, o HRA funciona seis leitos de UTI Neonatal que atende prioritariamente recém-nascidos na própria instituição regional de saúde e que precisam ganhar peso antes de terem alta médico-hospitalar.

Ainda segundo o documento do vereador, os médicos que estiveram presentes na reunião na Câmara Municipal no dia 04 de maio, estão preocupados com o futuro do atendimento emergencial às crianças de Assis e região, pois, para eles, unificar UTIs é um retrocesso do ponto de vista da qualidade do atendimento e não se justifica o fechamento de duas alas por falta de demanda, pelo contrário, todas as seis alas da UTI Pediátrica estavam ocupadas.

Outra preocupação do Sargento Valmir a não renovação do contrato com a FAMAR/FAMEMA significará a dispensa de aproximadamente 50 profissionais (médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares), que são treinados, habilitados, capacitados e atuam na área há vários anos, sendo muito receoso, além de permitir uma redução de leitos, a criação de uma UTI mista, e ainda deixar de contar com profissionais devidamente habilitados e capacitados para cuidados tanto com UTI Neo e UTI Pediátrica. Imaginemos uma situação fática onde um paciente recém nascido, com poucos dias de vida, fique exposto em ambiente com uma criança já com alguns anos, com doença infecto-contagiosa?

“Senhor Governador, quem será culpado pelas crianças que forem atendidas na Unidade de Pronto Atendimento - UPA - ou Santas Casas da região vierem a morrer em um futuro próximo por falta de vaga na UTI Pediátrica do Hospital Regional de Assis?” conclui o vereador!

Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Assis